segunda-feira, 12 de julho de 2010

Grite.


Onde se encontram as palavras?

Talvez bem distante da vontade.

Aleatoriamente envolvida em sentimentos vazios.

Poderia dizer o que quer ouvir, mas quero dizer o que quero gritar.

Ah, o grito.

Grito de ódio.

Grito de amor.

Grito de paz e nada mais é tão... calmo.

O meu grito é a minha vontade.

Ela que está presa por desejos absurdos, desejos falhos e que me são empurrados.

O meu grito é a minha verdade.

Ele diz o que não tenho coragem de dizer.

O meu grito é o meu sufoco.

Ele demonstra a minha verdadeira face.

E gritarei alto, mas ninguém ouvirá.

Gritarei para minhas emoções ocultas, permeadas de indefinições.

Ele que enfrenta tudo que sinto em sua prisão.

E a sua dor é só minha.

Mesmo assim, eu grito.


Layla Almeida.

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