sábado, 26 de março de 2011

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Fico tentando definir a fase que me encontro, imaginando o que desencadeou todas essas mudanças, súbitas.
E não consigo.
Ninguém está preparado para ouvir verdades, e ao mesmo tempo estamos em busca delas insistentemente.
Eu queria não sentir o que sinto agora. Um vazio que é incoerente, pois tenho picos de estar cheia de tudo. Completa de querer sumir e abster de qualquer pensamento. Um transe de luz. Eu, e algum lugar onde possa me apoiar para ver a lua.
Isso me faz lembrar o meu quarto distante, e como gostava de olhar a lua pela janela, e do quanto eram iluminadas as noites de lua cheia. E ela estava ali, graciosa em seu espetáculo, só para mim, no meu momento de silencio.
Tudo que estou sentindo, que quase não consigo explicar, parece ser um acúmulo de saudade. Saudade dos tempos passados, que parecia ser mais fácil. Com os olhos que tenho hoje, de fato eram amenos. Ah, vejo situações aleatórias, tenho lembranças que fazem um processo de libertação. Aos poucos vou curando as decepções, numa lentidão esmagadora e que dá alívio no final. Talvez o que eu preciso é sentir-me mais aliviada, por mais tempo. Eu estou me martirizando demais e esquecendo que sou. Pois é, estou com saudades de mim.

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